dom, 05 de janeiro de 2025
Tenho acompanha nesse final de semana, reportagens em vários jornais, blogs e nas redes sociais da declaração de Gusttavo Lima se lançar como candidato à presidente da república em 2026 é, na prática, mais uma jogada de marketing pessoal do que um plano concreto para o futuro do país. A política, especialmente em tempos de crise, não pode ser reduzida a um show midiático ou a um experimento de egos.
A candidatura de aventureiros sem preparo desvia o foco dos verdadeiros problemas do Brasil, prejudica o debate público e desrespeita a seriedade que a política exige. Para um país que luta contra desigualdades, corrupção e desafios econômicos, a Presidência não pode ser tratada como um palco para projetos pessoais. O Brasil merece mais do que promessas vazias ou figuras midiáticas em busca de holofotes. Afinal, política é coisa séria, não lugar para aventureiros.
Gusttavo Lima foi indiciado recentemente por lavagem de dinheiro e associação criminosa, após a investigação da Polícia Civil de Pernambuco. A Justiça de Pernambuco chegou a expedir um mandado de prisão para o artista em setembro, mas o pedido foi revogado no dia seguinte. Ele é suspeito de estar envolvido com uma organização criminosa que teria movimentado bilhões provenientes de atividades ilícitas.
A estratégia de Gusttavo Lima reflete um padrão recente na política brasileira: o uso do discurso de “outsider” como um passaporte para entrar no cenário eleitoral.
Essa postura, que também foi utilizada por figuras como Pablo Marçal, demonstra como o oportunismo se aproveita da crise de representatividade política para buscar ganhos pessoais. No entanto, o Brasil já pagou caro por eleger, num passado bem recente, lideranças despreparadas que transformaram o país em um palco de incertezas e retrocessos.
Governo não é lugar para amadores ou celebridades que confundem popularidade com capacidade de liderança. A Presidência exige preparo, conhecimento técnico e experiência para lidar com as complexidades de um país com mais de 212 milhões de habitantes. substituem a competência necessária para gerir crises, liderar equipes técnicas e propor políticas públicas eficazes.
Vamos esperar pra ver.
Ismael Paulo
Portal colinas do agreste em, 05/01/2025