seg, 13 de junho de 2022
Os corpos do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira foram encontrados na manhã desta segunda-feira (13). Os dois estavam desaparecidos há uma semana no Vale do Javari, no oeste do Amazonas, na fronteira com o Peru. A esposa do jornalista, Alessandra Sampaio, confirmou ao jornalista André Trigueiro, do G1.
De acordo com o jornalista, a Embaixada Britânica comunicou aos familiares de Dom Phillips que eram os corpos dos dois. A Polícia Federal (PF), no entanto, negou em nota que corpos foram encontrados na região – gerando um desencontro de informações.
“O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa que, não procedem as informações que estão sendo divulgadas a respeito de terem sido encontrados os corpos do Sr. Bruno Pereira e do Sr. Dom Phillips”, disse a nota da PF.
O comunicado afirma que foram “encontrados materiais biológicos que estão sendo periciados e os pertences pessoais dos desaparecidos. Tão logo haja o encontro, a família e os veículos de comunicação serão imediatamente informados”.
Ao The Guardian, o cunhado de Phillips, Paul Sherwoods, explicou que os corpos estavam amarrados. “Ele não descreveu a localização e disse que foi na floresta e que estavam amarrados a um árvore e ainda não haviam sido identificados”, afirmou.
O desaparecimento dos dois foi comunicado na segunda-feira (6). A Univaja relatou que eles deixaram de fazer comunicação entre comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Oeste do Amazonas. O local fica próximo à região fronteiriça entre o Brasil e o Peru.
REPERCUSSÃO INTERNACIONAL
Durante toda a semana, veículos de imprensa e movimentos sociais do mundo todo pressionaram o governo brasileiro para reunir esforços nas buscas pelos dois desaparecidos. O The Guardian, o qual Dom Phillips era colaborador, “ser crescente o medo em relação à segurança dos dois homens que desapareceram na floresta dias após terem recebido ameaças.”
Veículos como a BBC News e o francês Le Monde publicaram o apelo das famílias desaparecidas e a cobrança pela celeridade nas investigações do caso. “Cada minuto conta, cada trecho de rio e de mata ainda não percorrido pode ser aquele em que eles aguardam por resgate”, afirma a nota assinada pela esposa de Pereira, Beatriz Matos, publicada na rede britânica.
Fonte: JC