Tenho acompanhado pelas redes sociais, blogs e noticiários da imprensa pernambucana a desenvoltura da Governadora de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB), a habilidade de fazer política na base toma lá dá cá, de não ser muita agregadora e de centralizar muito as coisas, para que a decisão e palavra final seja sua.

Segundo informações no blog do conceituado Jornalista Magno Martins, ontem deu-se um episódio dessa natureza a saída do Secretário de Educação do Estado Alexandre Schneider, em virtude da compra de merenda para escolas da rede estadual.

Segundo o blog, o ex-secretário e nem Raquel irão assumir publicamente, mas o que motivou a saída dele foi a dispensa milionária de licitação para compra da merenda escolar, publicada na última quarta-feira (8) por este blog, com exclusividade. Menos de 24 horas depois de o Blog do Magno revelar a dispensa emergencial para a compra da merenda para 135 escolas estaduais, Alexandre Schneider caiu.

O blog do /magno teve acesso a documentos que comprovam que o processo de licitação estava parado por meses na secretaria, dando motivo para a realização da dispensa emergencial sem licitação, na qual o Estado escolhe diretamente as empresas sem concorrência.

E sem a nova dispensa emergencial, as escolas ficariam sem merenda a partir de 4 de fevereiro, bem na volta das aulas.

Para quem acompanha a política em Pernambuco, não foi bem uma surpresa a saída de Alexandre Schneider. No dia 17 de outubro de 2024, o então secretário recebeu uma ordem para apagar do Instagram uma postagem na qual anunciava a nomeação de 4.600 professores concursados, determinada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). A ordem para apagar o vídeo teria sido da governadora, para que os avisos de convocação fossem feitos somente pelo canal oficial do Estado, ficando apenas ela com a visibilidade e, como de costume na gestão tucana, o secretário evitasse os holofotes.

Informa o blog que Alexandre Schneider é ligadíssimo a Kassab e foi indicação dele para a gestão tucana em Pernambuco. Schneider, inclusive, foi secretário de Educação de São Paulo quando Kassab foi prefeito, entre 2006 e 2012.

A CRÍTICA DA ALEPE – A queda do secretário não passou despercebida pela Alepe. O deputado Waldemar Borges (PSB), presidente da Comissão de Educação e Cultura da Casa, mostrou preocupação com o anúncio. “A gente fica surpreso com essa mudança tão repentina na gestão da educação. O governo já está na metade do mandato e continua sem acertar o passo em uma das áreas mais estratégicas para o futuro de Pernambuco. Com mudanças tão radicais e intempestivas, quebra-se a oportunidade de consolidar qualquer trabalho de longo prazo”, afirmou Borges.

Ismael Paulo

Portal colinas do agreste em, 10/01/2025

www.portalcolinasdoagreste.com.br