Enfrentando a sua primeira eleição como cabeça de chapa em uma eleição majoritária, o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB), tem demonstrado sérias dificuldades em obter resultados efetivos nas estratégias de campanha. Partindo do princípio de que sempre contou com a governadora Raquel Lyra (PSDB) como cabo eleitoral e que, somente no último fim de semana, decidiu fazer uso do capital político da primeira mulher eleita para governar o estado de Pernambuco, Rodrigo parece estar avesso às pesquisas e ao sentimento das ruas.

Não se sabe se o gestor tem em mãos algum tipo de relatório que lhe dá a segurança necessária para agir da forma como tem feito, mas quem está nas ruas pedindo voto e engajado em sua campanha há tempo começou a estranhar as estratégias. E quem tem se beneficiado com esses desacertos é o seu principal adversário, o ex-prefeito José Queiroz (PDT).

Queiroz tem crescido pesquisa após pesquisa. O mais recente levantamento feito na Capital do Agreste coloca o pedetista empatado dentro da margem de erro com o tucano. Tudo aponta para um cenário de segundo turno, o que, para quem está no comando da máquina, não é nada positivo.

Tendo em consideração o curto prazo de 45 dias estabelecido pela Justiça Eleitoral no qual o candidato (à reeleição, no caso) pode ir às ruas pedir voto ao eleitor, cada movimentação conta, toda estratégia precisa ser assertiva. E não é o que tem sido visto até então.

Resta saber se ainda há tempo de rever o plano de voo do foguete.

Caruaru
Mas não é somente a campanha de Rodrigo que tem estado mais perdida que cego em tiroteio. Eleito deputado federal pelo Partido Federal, Fernando Rodolfo tem precisado buscar na Justiça a autorização para fazer uso das imagens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Não fosse pouco, o liberal ainda viu o correligionário e colega de bancada Coronel Meira declarar apoio a Rodrigo Pinheiro.